quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

História da Infância de Teocr - Águia




Teocr estava descansando em seu quarto depois do treino da tarde. Estava olhando para o teto, quando percebeu, de repente, algo passar rápido pela janela do quarto. Não soube identificar o que era, mas parecia grande pela sombra que projetou.

Ele foi em direção à janela, que ficava no segundo andar do castelo, olhou para o chão e viu uma águia caída. Ele então disparou em direção à porta.

- Águia! Uma águia! – ele gritava.

- O que foi? – perguntavam os guardas.

Ele respondia com os mesmos gritos enquanto corria o mais rápido possível em direção ao portão interno.

Saiu e contornou as paredes até chegar ao local.

Quando viu a águia, parou. Teocr estava a cerca de 4 metros do animal. Ela estava na areia, próxima ao muro do castelo. Sua asa estava dobrada de forma estranha.

De repente, o animal percebeu sua presença e retornou para o menino um olhar cheio de fúria.

E neste momento, no exato momento em que seus olhares se cruzaram, pareceu para Teocr, que tudo, com exceção da águia, havia deixado de existir. Era como se ele mesmo não existisse mais. Por um tempo, que Teocr não conseguiria definir quanto, foi assim.

Mas de repente, a águia gritou. E esse grito, para o menino, foi como uma onda gigantesca, que o alcançou e o golpeou com uma grande força. Ele caiu sentado no chão, atônito, com os olhos fixos nos da águia.

- Teocr, ai esta você.

A águia então voltou sua atenção ao guarda que havia chegado.

No momento em que os olhos da águia se desviaram, Teocr voltou a sí, e se virou para o guarda.

- A águia está machucada.

O guarda olhou para a asa.

- A asa esta quebrada. Para ajudar precisamos imobiliza-la e colocar ataduras. Existe um homem no 
reino que treina falcões. Ele deve saber o que fazer. Vou mandar busca-lo.

O falcoeiro trouxe ataduras e equipamentos. Com habilidade ele capturou e imobilizou a águia. Então colocou nela um equipamento que prendeu sua asa.

Teocr acompanhou todo o processo, ajudando naquilo que podia.

Ele pediu para que a gaiola com a águia ficasse em seu quarto e foi ele quem a alimentou todas as vezes.

Depois de uma semana e meia, ela deu sinais de melhora.

O falcoeiro a imobilizou novamente, retirou a atadura e colocou-a novamente na gaiola.

- Agora você pode solta-la. Ela vai voar. Quer solta-la agora?

Teocr olhou mais uma vez para seus olhos. Assim como havia feito em muitos momentos enquanto cuidava dela. Mas não conseguia sentir o mesmo que sentiu na primeira vez que a encontrou.

- Eu vou solta-la.

Eles a levaram para fora do castelo. Direcionaram a porta da gaiola para as montanhas. Ele a abriu e a águia disparou.

Ela voou alto, fez alguns círculos no céu, depois voou para mais longe, até que aos poucos 
desapareceu da vista do menino.

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